Relato de Parto de Nicoli Padilha Kloch

Relato do Parto de Nicoli - INTRODUÇÃO

Quando eu pensava em meu parto, só conseguia pensar no “parto que não tive”. Eu sentia que minha experiência era um checklist do que não consegui, como se o que vivi me tornasse menos digna de ter minha história contada. Por vezes tentei escrever meu relato e em um certo ponto eu simplesmente travava e não conseguia continuar.

O puerpério em si já vem como furacão, eu ainda estava com esse sentimento de luto pelo parto que não tive, e também de culpa por estar me sentindo assim, pois afinal, apesar dos pesares meu bebê estava ali, de que importava a forma como ele havia nascido, se afinal estava “tudo bem”? Acontece que um parto não se trata “somente” do nascimento de um bebê, mas também do nascimento de uma mãe e sobre a despedida de uma persona que já não existe mais dentro daquela mulher. E ainda, no meu caso, meu parto se tratava de um momento de cura e elevação para muitas marcas que eu vinha carregando em mim durante anos.

Mesmo conversando sobre, recebendo apoio, afeto e acolhimento eu não havia conseguido abraçar meu parto e levá-lo comigo de forma orgulhosa. Mas assim que recebi as fotos, eu finalmente vi a minha força, minha garra, minha luta!

Tudo que passei não me deixou menor, mas sim, me fez ser crescer! Eu transcendi durante aquelas horas intensas, curei minhas dores, cicatrizei minhas feridas. Era tanta coisa encubada em mim - coisas que até eu mesma desconhecia - que precisei ter esse momento extremamente visceral e forte. Então não, não tive meu parto idealizado com banheira, unicórnios e estrelinhas. O que senti foi surreal e intenso demais. Mas hoje eu entendo, eu não estava parindo apenas meu guri, eu estava parindo e me libertando de muitas coisas que me pesavam a tempo. E tudo que eu estava superando e abandonando naquele momento não era simples, não era leve. Logo, o caminho também não seria fácil. Hoje estou feliz e realizada com meu feito, mais leve e mais tranquila com meu processo de evolução.

Ah e sim, estou aqui escrevendo esse desabafo com o Benício no colo, dormindo tranquilo, saudável e muito amado. Não existe dor, processo ou luto que seja maior do que a beleza de ver esse pequeno junto de mim, agora, fora da barriga.

RELATO DE PARTO NICOLI E BENÍCIO – 25/01/2020

Te convido a retornar comigo para a data de 24/jan/2020, dia em que completamos 40 semanas de gestação. Trilhamos um lindo caminho de descobertas e informação na busca da melhor maneira para receber nosso filho ao mundo. Depois de MUITA informação, vídeos, livros, consultas, conversas esse caminho teve (para nós) um único destino possível: Parto Planejado Domiciliar.

Depois de dias de ansiedade, quando já havia decretado: “É isso, Benício não vai nascer, ficarei grávida pra sempre!”, eis que surge o primeiro sinal de que o momento tão esperado estava chegando. Logo cedo ao ir ao banheiro percebi que o tampão mucoso havia saído, meu sorriso foi instantâneo, cheguei a pensar rapidamente: “uhuul é hoje!”, mas voltei com os pés no chão e lembrei que poderia ser hoje, como poderia ser semana que vem ou até mesmo depois. Mas algo me dizia que sim, estava acontecendo. Avisei com bastante animação meu marido, que recebeu a notícia empolgado. Reforcei que ele poderia ir trabalhar normalmente e que se algo acontecesse eu lhe avisaria. Compartilhei com minha doula que o tampão havia saído e ela me orientou avisar o restante da equipe e assim eu o fiz.

Logo após a saída do meu marido começo a sentir a primeiras contrações e já na metade da manhã elas se intensificaram. Próximo ao meio dia eu já sentia as contrações mais fortes e longas e cada vez com intervalos menores. Começo a organizar as últimas coisas que desejava, pois já imaginava que logo não conseguiria mais. Mesmo já tendo a certeza em mim que o trabalho de parto já estava acontecendo, eu queria ter certeza de que após um banho longo e quente as contrações continuariam, antes de avisar a equipe.


Começo a me preparar para entrar no banho, meu marido chega em casa do trabalho nesse momento. Ele abre a porta do banheiro bem durante uma contração bem forte, já não era nem preciso, mas o aviso que realmente estava acontecendo: iriamos conhecer nosso guri em breve. O banho durou por volta de 30-35min e tive umas 9 ou 10 contrações, logo que sai do chuveiro já tive uma nova contração e ela parecia ainda mais forte. Enquanto eu me secava mais duas contrações fortes. Aviso a Elis que o banho não reduziu as contrações e a intensidade estava ficando maior. E novamente ela me orienta a dar uma geral para a equipe, informando como estou. Acordamos que era o momento de ela vir para nossa casa.


Eu sentia muito desconforto no baixo ventre e prontamente minha doula me ofereceu uma bolsa de ervas quente para amarrar na cintura e ajudar a amenizar esse desconforto. Um tempo depois a fotógrafa também foi chamada para nossa casa.

O tempo foi passando as contrações mais fortes e mais longas, minha doula me auxiliando até que meu marido assumiu o papel de guardião e ficou ao meu lado me apoiando. Como um dos meus desejos era passar um tempo no rooftop do prédio em que moramos, fomos até lá. Lembro de ter um vento forte lá em cima, de olhar a vida acontecendo tão simples lá embaixo, e eu ali, em meio a um turbilhão. Voltamos para o apartamento e como as contrações estavam ficando mais intensas entrei novamente no chuveiro a fim de amenizar um pouco o desconforto.


Foi neste momento que a Enfermeira Obstetra chegou, conversou um pouco comigo, fez a ausculta dos batimentos cardíacos do Benício, estava tudo bem. Minha playlist tocando, a luz estava baixa, velas, meus aromas escolhidos, nossa casa... tudo caminhando como eu idealizara.

Quando decidi sair do chuveiro, como era de se esperar, as contrações voltaram a serem sentidas de modo mais intenso. Encontrei no sofá uma posição que parecia funcionar, até que não ajudou mais, fiquei deitada, sentada na bola de pilates, de cócoras inclinada para frente... estava bem intenso.


Eu já estava percebendo a algum tempo que a ausculta do Benício continuava no mesmo ponto em minha barriga, isso significava que ele ainda não havia encaixado completamente e provavelmente estava alto. Nesse momento pela primeira vez depois do último contato pelo whatsapp com a doula (onde vi o horário) vi um relógio e percebi que já eram 23h00 e eu não tinha a menor noção que tanto tempo já havia passado. Foi aí que minha mente a milhão me minou.
As contrações estavam muito fortes e longas, porém com um intervalo maior entre elas (eu sabia que isso era sinal de um trabalho de parto mais longo), era quase insuportável o que eu sentia, apesar de ter o entendimento de que esse era o caminho para a chegada do meu pequeno, aquilo tudo era sentido, sofrido e intenso... Fiquei imersa em meus pensamentos e a cada contração que chegava era uma nova cicatriz que se abria. Eu estava a flor da pele, imersa em mim mesma, porém extremamente racional, sabia exatamente o que havia acontecido: eu havia travado meu parto! Voltei minha atenção para o mundo “real” e vi minha doula comigo e perguntei: “eu travei meu parto né?” Ela com todo cuidado me respondeu que meu corpo só estava dando um descanso para continuarmos depois.

Pedi pelo Ruan e alguém me avisou que ele estava descansando no quarto, levantei do sofá e mesmo durante as contrações continuei andando até chegar a ele. Mal abrira os olhos e eu já larguei a bomba pra ele, coitado: “Quero ir para o hospital fazer uma cesárea!”. Eu não fui trocar ideia, não queria opinião, fiz apenas um comunicado. Avisei que não iria mais conseguir continuar, que a dor era intensa demais, pedi perdão, esvaziei minhas dores através de lágrimas e palavras. Implorei por uma cesárea, falei nossa palavra de segurança, eu não queria mais nada daquilo. Havia aflorado minhas inseguranças todas naquele momento, não me sentia mais forte e empoderada, só queria acabar com aquilo e ter meu filho nos braços.
Após uma longa conversa meu marido me atende e vai conversar com a Milene. Ela vem conversar comigo a fim de entender o que eu queria, mas eu já havia tomado minha decisão, já havia racionalizado tudo, não queria transferência para o hospital para analgesia, pois sabia da probabilidade de precisar de fórceps no expulsivo ser maior e achei que essa moeda de troca não valeria a pena, naquele momento o que eu pensei foi o seguinte: estou em trabalho de parto, ele está pronto para nascer, melhor uma intervenção em mim do que nele. Eu não queria receber ocitocina sintética, pois sabia que as contrações sentidas seriam bem mais doloridas e eu já não suportava as contrações naturais... o caminho de saída para mim era óbvio: cesárea!

Mas, eu não conseguia explicar tudo isso, só conseguia dizer que queria a cesárea.

Como dizer em meio a tantos sentimentos, medos, lembranças, dores que eu não queria a cesárea em si, mas sim queria fugir daquele mar de sentimentos obscuros que estavam me tomando?

Fizemos um exame de toque e eu estava com 8cm de dilatação, porém como eu imaginava o Benício estava alto. Foi um soco no estômago, pois eu estava tão perto, mas sentia que ainda faltava tanto...

Me propuseram tentar descansar um pouco no nosso quarto com o Ruan. Aceitei, meio que contra vontade, estava tão cansada e de saco cheio que só assenti e fui me deitar. Durante esse período as contrações foram extremamente intensas, apesar de conseguir adormecer entre uma contração e outra, quando elas chegavam eram muito fortes. Eu já não queria ninguém junto de nós, apenas eu e o Ruan.

A Técnica de Enfermagem tentou conversar comigo nesse momento e lembro de tê- la expulsado de lá. Estava enfrentando meus fantasmas, estava em meu momento de cura, havia lavado minha alma ao pedir a cesárea, me libertei de várias amarras e agora precisava me curar das minhas sombras.

De repente minha cabeça se esvaziou e eu voltei ao parto, foquei somente em meu corpo, meu filho e no processo em que estava vivendo. Eu vocalizava muito. Já não conseguia mais suportar as contrações deitada, mudava de posição constantemente: deitava, pedia ajuda para levantar durante a contração, ficava em suspensão, sentada na beirada da cama... Nesse momento meu marido foi literalmente meu pilar, ficou do meu lado me sustentando.

Eu havia voltado para o jogo, voltei a acreditar no parto, voltei a acreditar em mim. Junto desse sentimento também chegaram os puxos, mas me parceria que ainda não era certo fazê-la, então pedi para a Milene se poderia fazer força já, ela disse que não era legal fazer força muito cedo. Depois de um tempo repreendendo a vontade de fazer força, eu já não conseguia mais evitar, nesse momento minha doula estava comigo e pedi se ela achava que podia fazer força, ela disse que se eu tinha vontade era para fazer o que o corpo mandava. Fui me entregando, conforme a contração chegava eu fazia força junto.

Também por várias vezes achei que a bolsa tinha estourado, pois sentia escorrer líquido, mas era tudo tampão ainda, até que em um momento veio uma baita contração e senti um ploft, juro, essa é a descrição exata: PLOFT! Ali tive a certeza de que a bolsa havia rompido, pedi para o Ruan avisar a equipe, elas vieram conferir e confirmaram isso. Mesmo eu não aceitando ninguém no quarto comigo, com exceção do Ruan, a equipe aparecia no quarto regularmente para verificar os batimentos do Benício, mantendo assim a segurança do parto. De repente, quando dou por mim vejo que estavam TODAS no nosso quarto, tudo acontecia em câmera lenta... minha doula colocando a caixinha de som na prateleira da penteadeira, a fotógrafa entrando no quarto, minha playlist do parto tocando, a Wandy me ofertando a banqueta para o parto. Me coloco sentada nela, meu marido me dando suporte, e pensei: VAI ACONTECER!!!

Até que, depois de algumas contrações, lembro exatamente do momento em que a Milene, fazendo a ausculta, me disse com toda aquela calma que só ela tem para falar: “Então Nicoli...” (ali meu corpo parou, eu gelei, pois, sabia que um “Então Nicoli” naquele momento não deveria ser algo bom).

“Então Nicoli... os batimentos do Benício estão baixando, eu sei que é desconfortável, mas preciso que você se deite na cama para fazer mais um toque.” Saímos do banheiro, exatos 5 passos até a cama, onde senti o maior medo da minha vida. Deitei-me e ela fez o toque, dilatação total, mas Benício alto. Ele não havia completado o giro, por isso não descia. A Milene me avisou que iria fazer algo e pediu para avisar se fosse muito desconfortável, e foi, gritei e pedi para ela parar. Enquanto ela fazia o toque a Charlene ficou acompanhando os batimentos do Benício.

Foi então que nos explicaram que o Benício estava baixando os batimentos durante as contrações e não estava mais os recuperando de maneira tranquilizadora, sendo que estávamos ficando no limite da segurança dele para manter o parto domiciliar, ela mal terminara de falar eu logo disse: VAMOS PRO HOSPITAL!

Enquanto todos corriam ajeitar as coisas (para o Benício eu havia organizado uma malinha de maternidade, os documentos e exames também, mas para mim não havia arrumado nada), Charlene e Wandy me ajudaram a vestir algo e ficaram comigo. Sai de casa já com auxílio de oxigênio (a fim de melhorar a oxigenação para o Benício e assim o auxiliar a recuperar os batimentos).

Fomos em nosso carro para o hospital, meu marido dirigindo (acho que ele mal respirava nesse momento), Milene e Charlene no banco de trás comigo acompanhando os batimentos do Benício constantemente. Dentro do carro eu vi as horas novamente, já eram 04h15 quando estávamos chegando no Hospital. Deixamos o oxigênio no carro e fui andando até a triagem, não sei a real distância, mas parece que entramos em um labirinto, mil e um corredores... Eu literalmente fiquei de 4 nos corredores do hospital durante as contrações. Logo que cheguei na triagem fui atendida por uma enfermeira que logo chamou a obstetra de plantão.

Chegando na sala de parto a obstetra pediu para que eu subisse na maca e segurasse minhas pernas, ela me explicou como trabalhar a respiração durante a contração e durante os intervalos. Senti uma picada. Levantei a cabeça para olhar entre as pernas e vi um pano com um monte de apetrechos cirúrgicos, olhei para a doula, para meu marido, para a fotógrafa... Todos se olhando e pensei: PQP, vai ter episio!

Eu não conseguia falar nada. A picada doeu bastante. Quando gritei a obstetra explicou que era uma anestesia, porém ela não falou para que era a anestesia e eu também não conseguia perguntar, então só fiquei esperando por uma episio que nunca aconteceu, pois a anestesia era para ela conseguir ajudar o Benício a concluir o giro com os seus dedos.
Quando veio uma contração, ela fez o toque, e ajudou ele a girar, logo senti que ele desceu e comecei a sentir a queimação. Eu que tanto desejava sentir o círculo de fogo, senti e como queima, arde... Quando começava a arder muito, eu abandonava a força, desistia da contração, então a obstetra disse que não era para desistir, que ia arder, mas depois parava. Demorei um pouco para ter força e coragem de ir até o final, o Benício ficou indo e voltando algumas vezes. A obstetra avisou que estava dando para ver os cabelinhos e pediu se eu queria encostar, mas eu não quis. Mais algumas contrações e ela pediu novamente se eu não queria sentir mesmo, “Tem certeza que não quer?”. Estiquei meu braço e então pela primeira vez eu o senti. Quando senti aqueles cabelinhos, não sei explicar o que aconteceu, mas era o que eu precisava para ir até o final... Tirei a mão, voltei pra minha posição de ataque e fiz força, caramba como fiz força e finalmente ele coroou, ficou assim umas duas ou três contrações, pois para sair o resto do rostinho ardia ainda mais. Quando consegui juntar força e coragem de novo eu não sentia mais contração, não sei se elas haviam espaçado de novo ou eu que fiquei afobada... “Mas elas não vem mais, não sinto nada!” falei. A obstetra avisa que o mais difícil já havia saído e que agora, se eu quisesse, poderia fazer força mesmo fora da contração, que não precisava esperar e então eu assim o fiz, fiz força e o resto da cabeça com o corpinho saiu de uma vez só.
Novamente o tempo parou, eu vi o Benício sendo recebido pela obstetra, ergui a cabeça e vi o Ruan chorando e então me dei conta que eu tinha conseguido e cai no choro também. Naquele momento eu transcendi para algum lugar do meu subconsciente e pensei em minha mãe, em mim e no momento do meu nascimento. Foi por um milésimo de segundo, mas foi intenso, foi forte. Logo me entregaram o Benício com um chorinho tímido.

Ele ficou no meu peito e fiquei com ele ali aninhado em mim, agora do lado de fora. Mas aquele momento foi quebrado por um zumzumzum na sala de parto. Em casa as coisas aconteceram em câmera lenta, mas naquele momento tudo parecia acontecer a milhão. Quando levantei o olhar parecia que haviam entrado mais 10 enfermeiras lá. Fura veia, espeta aqui, espeta ali, escuto um “sangramento aumentado”, a equipe do hospital se prepara para cortar o cordão, ofertam ao pai se ele quer cortar, ele ainda em pleno choro avisa que não consegue e eu prontamente digo: “então eu quero cortar!”, mais zum zum zum, corta cordão, traciona placenta, faz massagem no útero para parar o sangramento (como dói essa massagem). Meu filho nos meus braços, eu não podia mais ser fraca, não podia mais reclamar. Instantaneamente quando recebi soro com ocito o sangramento parou. E tudo voltou a passar na velocidade normal.
A pediatra de plantão estava na sala na hora que ele nasceu, ficou o acompanhando enquanto ele estava no meu colo e após alguns minutos ela explicou que achava melhor aspirar ele, nós consentimos e o Ruan levou ele para ser aspirado, pouco depois escutei um choro cheio de vida em uma sala próxima, era o Benício.

Tive laceração grau 1, a obstetra começou a fazer a sutura. Logo em seguida o Ruan voltou com o Benício nos braços. Alguém falou: “Oh já voltou um pai feito!” e foi justamente assim que eu lhe enxerguei naquele momento. Eu já havia compartilhado com o Ruan que estava ansiosa por esse momento, era minha cena imaginada há anos ali, sendo concretizada.
Pedi para o Ruan ficar com o Benício nos braços um pouco, pois me sentia um pouco fraca por conta do sangramento. Uma enfermeira me trouxe um pão com manteiga e chá, eu comi e depois peguei o Benício de novo. Tentei amamentá-lo, mas ele não tinha interesse nenhum em pegar o peito nessa hora, era visível que ele estava tão cansado quanto eu pela nossa jornada.

Ficamos um bom tempo ainda na sala de parto e aquela sala até então tão tumultuada ficou enorme, vazia de pessoas, mas cheia de nós. Eu ainda não conseguia entender tudo que havia acontecido, nem conseguia imaginar o quanto minha vida acabara de mudar a partir dali, mas nada mais importava, Benício nasceu bem, completamente saudável. Meu maior feito até hoje tem data e horário: 25/jan/2020, 05h20.


E eu apesar de me sentir estranha ao corpo em que me encontrava estava mais completa do que nunca. Eu que sempre havia sido desajeitada para pegar um bebê no colo achei nos meus braços o ninho perfeito para o meu guri.

Publicação Mais Recente


4 comentários
  • Mulher .. quanta emoção em cada etapa, quanta dúvida, tensão, medo, coragem, garra, nossa! Que orgulho de ser mulher. Parabéns a você, ao seu parceiro, a seu amorzinho e a sua equipe que conquistou seu sonho apesar dos viés!! Que Deus abençoe essa família!

    Paloma em
  • Emocionante… me transportei mentalmente pra lembrança do meu parto, tantas coisas similares e ao mesmo tempo únicas…

    Suzane em
  • Que relato emocionante! Quanta vida nas palavras, a mulher realmente é um ser de luz! Parabéns Nicoli!!

    LIliane LAnge em
  • Que te relato emocionante e surpreendente! Estou em lágrimas como se estivesse vivenciando junto a Nicoli seu renascimento. Obrigada por compartilhar um texto tão comovente e verdadeiro. 🙏🌷

    Suzana em

Deixe um comentário

Tenha em atenção que os comentários precisam de ser aprovados antes de serem exibidos