Remover esse hábito pode ser um desafio, admito! Leva mais tempo do que gostaríamos, inclusive para nós, adultos e até para os profissionais da área. Mas sabia que observar e aguardar o tempo da criança é uma das etapas mais cruciais? A substituição desse hábito por outro pode ocorrer, e isso pode gerar novos comportamentos, como roer unhas, morder objetos, entre outros.
Por isso, optar pela remoção lenta, respeitando o tempo da criança e acolhendo suas dificuldades, é mais eficaz do que uma abordagem apressada e não respeitosa. Entendo que é complexo, mas tente se colocar no lugar da criança. Qualquer hábito é difícil de ser abandonado e com esse não é diferente. Exige dedicação de todos os envolvidos.
Em vez de reprimir ou punir, que tal criar brincadeiras envolvendo as mãos, como desenho e pintura? Ler livros infantis que abordam situações similares pode ajudar bastante. Use e abuse da criatividade, dos momentos lúdicos; e invista no contato, colo, abraço, presença e comunicação. Escute o que a criança tem a dizer, sem julgamentos. Ela precisa de acolhimento.
Ajudá-la e incentivá-la a adquirir habilidades para superar essa fase é essencial. Procure orientação com profissionais especializados. E lembre-se de que a sucção digital é uma forma que ela encontrou para lidar com as emoções. Juntos, vocês encontrarão uma alternativa saudável para esse comportamento.
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Trecho retirado da carta aos pais que acompanha o livro infantil "Cora, e o Dedo", da autora Kely Silvestre. A carta é assinada pela cirurgiã-dentista Natália Valli de Almeida.
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