O sono é a pontinha do iceberg. Para que consigamos compreender, é preciso estarmos dispostos a olhar embaixo d'água.
É muito comum nos distrairmos com o fato de que a criança não dorme bem, rotulando como um comportamento que precisa ser consertado, esquecendo (ou desconhecendo) que existem outros aspectos relevantes a serem analisados.
Conheça 4 de muitos fatores que podem influenciar no sono do seu filho (e no seu também):
1. Alimentação.
É importante salientar que a insatisfação com o sono, tanto dos pais quanto do filho, a preocupação em como conseguir cuidar do bebê, a falta de suporte social pós-parto, os aspectos financeiros e a alimentação diária são fatores associados à fadiga materna. Quando não nos alimentamos adequadamente, o cansaço é maior, e a energia, menor.
2. Ferro.
Os índices de ferritina no sangue – não só da mãe, mas também do bebê – podem influenciar significativamente o sono. Estudos da Sleep and Functional Neurobiology Laboratory of the Institute of Nutrition and Food Technology (inta), da Universidad de Chile, em parceria com o Center for Human Growth and Development of the University of Michigan10, relacionaram alterações do sono com deficiências de ferro (anemia). Essa informação é importantíssima para que não rotulemos nossos filhos como crianças que “dormem mal”. Em vez disso, busquemos investigar todas as possíveis causas dos despertares. Quando colocamos um “band-aid” em cima do problema, não o resolvemos, mas simplesmente deixamos de observá-lo.
3. Alergia alimentar.
A Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) define alergia alimentar como uma reação adversa a determinado alimento envolvendo um mecanismo imunológico de apresentação clínica variável, com sintomas que podem surgir na pele, no sistema gastrointestinal e no sistema respiratório. As reações podem ser leves, como uma simples coceira nos lábios, ou graves, podendo comprometer vários órgãos. A alergia alimentar resulta de uma resposta exagerada do organismo a determinada substância presente nos alimentos.
4. Trauma do nascimento e período pós-parto.
Pouco se fala sobre o processo do nascimento como algo traumático para mãe e para o bebê. Ambos sofrem com o trabalho físico e psicológico durante o nascimento, e é possível ver isso se refletindo também no sono. O bebê pode sofrer de torcicolo após o nascimento, o que significa que será difícil para ele virar o pescoço para um dos lados. Isso prejudicará até mesmo a amamentação no momento da troca do peito. Além disso, ele pode acabar dormindo com a cabeça virada para um lado com mais frequência do que para o outro, aumentando a possibilidade de plagiocefalia (cabeça achatada). O momento do nascimento é algo incrível. A vida é incrível, mas as nossas expectativas podem nos empoderar quando são correspondidas ou teremos efeito totalmente contrário quando as coisas não acontecem conforme esperávamos.
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