Como ajudar seu filho a regular a raiva.

Como ajudar seu filho a regular a raiva.

Quando a criança percebe uma ameaça ou se sente muito frustrada ou com raiva, o reflexo natural vai ser chorar ou gritar. Seu cérebro ainda não está totalmente desenvolvido, e ela não aprendeu a regular os sentimentos. É aquilo que acontece quando percebemos um perigo na estrada e colocamos o braço na frente da criança, mesmo que ela esteja com o cinto de segurança.

Como resultado, não vai adiantar nada explicar racionalmente, ou dar um sermão, à criança sobre as vantagens do almoço em relação ao sorvete. Ela não vai ouvir.


Também não precisamos - nem devemos - ceder ao que iniciou o ataque de “birra” , porque isso nos tornaria permissivos e, ao longo do tempo, estaríamos ensinando à criança que ela pode usar esse artifício, quando o cérebro de cima estiver mais desenvolvido, para conseguir o que quer.

Então o que devemos fazer? Ajudá-la a se acalmar, trazendo hormônios “do bem” para seu corpo. Essa ajuda faz com que ela use a parte desenvolvida do seu cérebro, transportando a criança para um lugar mais racional, para que depois possamos conversar sobre o que aconteceu e pensar em soluções para as próximas vezes. A ajuda pode vir da aceitação das emoções.

Frases que validam o momento atual, sem julgar nem querer calar a criança:

“Vi que você queria muito isso.”

“Você não queria mesmo que ele pegasse isso da sua mão.”

“Está bem difícil pra você. ”

“Você está com muita raiva do seu irmão.”

Aceitar o querer e a emoção libera a criança de se apegar àquele querer e àquela emoção, porque pode se apegar ao sentimento de ser vista e entendida. Isso, na hora do pico de frustração ou decepção, conta mais do que ter o desejo atendido.

Depois de ouvir essa validação, a criança precisa ter sua ação direcionada, principalmente se ela estava batendo, gritando ou se debatendo, ações normais de crianças, mas que precisam de orientação, para aos poucos irem sendo substituídas por ações que não machuquem a si, aos outros, o relacionamento com os outros e nem o ambiente. Ficaria mais ou menos assim:

“Entendo que você está brava com seu irmão. Me mostre a braveza aqui nessa folha de papel, amasse tudo.”

“Vi que está difícil para você ficar sem a boneca, vamos lá fora respirar...”

“Tudo bem sentir isso, pode bater na almofada para tirar a raiva do seu corpo.”

“Você quer muito esse brinquedo, pede assim com a mãozinha, não vou deixar você me bater.”

“Você está muito bravo, eu estou aqui e vou te ajudar, vou te segurar para você não me bater. Pode bater o pé bem forte no chão.

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Trecho retirado do livro "Nossa infância, nossos filhos", da autora Thais Basile. 

 
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